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Abertura dos Festejos Juninos

No dia 27 de abril de 2014 aconteceu em frente a Associação Nação Iracema a aberturas dos festejos juninos da associação com apresentação da Banda Guerreiros do Nordeste. Leia Mais.

25 dias de Fifa Fan Fest de Fortaleza trazem forró, axé, samba e sertanejo

Confira a lista de shows que ocorrem entre 12 de junho e 13 de julho.Evento será uma segunda arena para ver os jogos. Leia Mais.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Bateria no Aquário ?!

Aquário

Nome genérico de dispositivos usados para controle do som de baterias acústicas. Em geral, é formado por placas de acrílico transparente (daí o nome) com revestimento absorvedor internamente, de forma a reduzir/controlar o volume total de som produzido pelo instrumento.








Também pode definir o local, em um estúdio, onde ficam os músicos. O nome, nesse caso, vem das janelas acusticamente isoladas que separam os músicos da sala técnica, onde ficam os equipamentos de gravação. Em alguns estúdios, há vários aquários, sendo que os músicos ficam em um, baterista em outro, cantores em outro, etc.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ferro de passar conceito ajusta a pressão conforme necessidade

O designer Chou Hyemin projetou um ferro de passar dos sonhos. Sabe aquelas partes das roupas quase impossíveis de serem domadas, como a gola ou punhos? O Easy Iron promete facilitar sua vida, sendo mais fácil de manobrar na hora de cuidar desses vincos que exigem pressão extra.



Protótipo do Easy Iron (Foto: Reprodução/Yanko Design)O que difere o Easy Iron dos outros ferros de passar comuns é sua base, que se divide em duas e pode ser erguida, fazendo com que o ferro entre nas partes mais complicadas das suas roupas.

Infelizmente, o Easy Iron ainda é um protótipo, mas você já pode dar uma olhada no desenho abaixo e ter uma ideia de como ele será.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Rihanna sofre preconceito em Portugal e desabafa no twitter

A cantora Rihanna publicou no Twitter, neste domingo, 18, sua indignação por ter sido atacada verbalmente por um homem racista no hotel em que estava hospedada em Lisboa, Portugal.


"Eu acabei de conhecer o idiota mais racista!!! Ele falou as maiores merdas sobre negras, nos chamou de cachorras, prostitutas, que não somos parecidas com ele e não deveríamos estar no mesmo hotel.. sem palavras!", escreveu.

Rihanna que esteve em Portugal para a apresentação da turnê “Loud”, ficou bastante nervosa e revidou as ofensas. "A #NEGRA baixou em mim, com sotaque e tudo! Risos! Acontece que o gerente do hotel era negro também!", disse. As informações são da Folha.com.

Arquidiocese de Fortaleza ordena 14 novos padres

A Arquidiocese de Fortaleza realiza no dia 22 de dezembro, às 18h30, a ordenação de 14 novos padres. A cerimônia, que sacramenta a dedicação de uma vida ao sacerdócio, será coordenada pelo arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, e faz parte dos eventos de comemoração dos 33 anos da Catedral Metropolitana de Fortaleza, local onde acontece a solenidade.

Durante a manhã do dia 22, a Arquidiocese promove encontro de padres do Estado, também na Catedral Metropolitana. Na pauta da reunião, está a preparação das entidades cristãs da Capital para o aniversário de 100 anos da Arquidiocese, a ser celebrado em 2015.

Iniciativa

Para o assessor da Arquidiocese de Fortaleza, padre Gilson Soares, a ordenação demonstra um gradativo retorno dos cearenses ao sacerdócio. "Graças ao ótimo trabalho missionário e de entidades ligadas à família que realizamos em comunidades da Capital e do Interior, nossos seminários estão cada vez mais cheios", declara.

Maria e Francisco são os nomes mais usados no Ceará

Kellyanne Pinheiro


Nomes com origem ou ligação religiosas são os mais usados para registrar as pessoas no Ceará. A afirmação é baseada em uma pesquisa que fez um levantamento em aproximadamente 165 milhões de CPFs em todo o Brasil e apurou os 50 nomes mais utilizados no País. No nosso Estado "Maria " lidera o ranking, com mais de 1 milhão de registros. Em seguida vêm Francisco , com 500 mil, e José com quase 420 mil.

A pesquisa foi baseada em 3.582,872 registros de CPFs no Estado, de um total populacional de quase nove milhões de habitantes. O trabalho foi feito pela proScore, Bureau de Informação e Análise de Crédito.

Especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste Online indicam que os nomes usados pelos pais para registrar os filhos variam de acordo com a época vivida e com a devoção aos santos do catolicismo, por exemplo. No Ceará, com a forte devoção a São Francisco de Assis em Canindé e ao padre Cícero Romão Batista em Juazeiro do Norte, os nomes também acabam se propagando pelos cartórios.

"Escolha depende da época", diz professora

De acordo com a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC, Maria Neyára de Oliveira Araújo, a escolha dos nomes depende muito da época vivida. "É comum ver nas pessoas idosas nomes bíblicos. Já nos adultos, que nasceram na década de 1980 e 1990, nomes tidos da 'moda'. E, nas crianças de até 10 anos, por exemplo, notamos a reutilização dos nomes religiosos", informa.

Segundo Neyára, com o crescimento dos meios de comunicação e o acesso mais fácil da população as informações, os nomes de artistas e celebridades podem ser notados em boa parte dos jovens entre 18 a 24 anos, período que ingressam nas faculdades. "Nomes como Michael e Raísa são bastante comuns na lista de presença", diz.

"Igreja Católica exerce forte influência", afirma o professor Pinheiro

Para o doutor em História e secretário de Cultura do Ceará, professor Francisco José Pinheiro, há uma forte influência da Igreja Católica para a escolha dos nomes das pessoas no Ceará. "Dependendo da Região, nomes como Franscico e Cícero são muitos usados, devido a devoção do povo aos santos São Francisco de Assis e Padre Cícero", explica.

Com o advento das mídias, a partir dos anos 1980, ocorre um novo fenômeno para a escolha dos nomes baseado na moda, ou seja, as celebridades da televisão são tidas como referência para a escolha. "A televisão, com sua forte influência, dita o que é legal, até mesmo não sendo", comenta Pinheiro.

Do modo geral, na visão do professor, os pais se espalhem em três fatores para a escolha dos nomes de seus filhos: religiosidade, mídia e amor aos ídolos. "Quem é fã do Roberto Carlos, por exemplo, é provável homenageá-lo colocando o seu nome em seu filho", diz

Pelo fim da impunidade, AI pede que crimes cometidos por policiais e militares sejam julgados em tribunais ordinários

Natasha Pitts
Jornalista da Adital
Adital
A Anistia Internacional (AI) está fazendo um apelo ao governo chileno para que modifique sua legislação. A intenção é que as denúncias de violações de direitos humanos cometidas por policiais ou integrantes das Forças Armadas sejam investigadas por tribunais ordinários e não por um tribunal militar. O pedido se faz no contexto do caso referente ao assassinato do jovem mapuche Matías Catrileo, cometido no dia 3 de janeiro de 2008 por um oficial da Polícia.

A organização de direitos humanos decidiu se manifestar após a liberação da sentença da Corte Suprema, no último dia 15. Na ocasião, o pedido de ampliação da pena foi negado, tendo sido mantida a sentença militar, que deu ao oficial três anos e um dia de prisão com o benefício da liberdade vigiada.

"É essencial que esse tipo de caso seja investigado de maneira independente e imparcial, que o julgamento tenha os padrões de um devido processo para todas as partes envolvidas, e que a pena estabelecida para os que resultem responsáveis seja proporcional ao delito cometido, sem que existam regras especiais ou menos pesadas para o foro militar”, manifestou Ana Piquer, Diretora Executiva da AI - Chile.


Anistia Internacional relembra que há alguns anos os julgamentos militares eram conhecidos pela falta de imparcialidade na hora de julgar as violações cometidas por membros do Exército e da Polícia. Para evitar o abrandamento de penas e a proteção dos infratores, AI junto a movimentos de DH e organismos internacionais pressionaram para que não houvesse distinção e todos os tipos de abusos fossem julgados por tribunais ordinários.

Em dezembro de 2010, cumprindo exigência feita pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em 2005, o governo chileno promoveu modificações na Justiça Militar para limitar sua jurisdição ao julgamento de militares acusados unicamente de crimes militares. Apesar da iniciativa, a reforma foi considerada insuficiente e incompleta, situação que dá abertura à impunidade.

"As forças de segurança do Chile têm a obrigação de manter a ordem pública, mas devem fazê-lo cumprindo a todo o momento as normas internacionais de direitos humanos relativas ao uso da força”, afirmou Ana Piquer, reforçando que toda denúncia de abuso deve ser investigada até o fim e os responsáveis deverão obrigatoriamente se apresentar à justiça.

Entenda o caso


No dia 3 de janeiro de 2008, quando participava da ocupação de um terreno na região de Araucanía, o estudante universitário mapuche Matías Valentín Catrileo Quezada, de 22 anos, foi assassinado com um tiro pelas costas. A situação ocorreu quando integrantes das Forças Especiais de Carabineiros do Chile surpreenderam a ação. O tiro fatal partiu de um oficial da Polícia.

Ao descobrir a autoria do disparo, um Promotor Militar solicitou pena de dez anos de reclusão, contudo, pouco tempo depois a Corte Marcial de Valdivia condenou o oficial a três anos e um dia de prisão e com o benefício de liberdade vigiada. A família apelou à Corte Suprema com o intuito de reverter a situação, mas até o momento ainda não houve resposta.

domingo, 4 de dezembro de 2011

O SUS que se quer é o SUS constitucional’



Relatório da Câmara dos Deputados confirma que o investimento em saúde no Brasil é muito abaixo da média dos países com sistemas universais, um dos motivos que impedem a consolidação do SUS como está previsto na Constituição brasileira.

O gasto público com saúde no Brasil representa 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB). A média internacional, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 5,5%. O país está, portanto, investindo em saúde um terço a menos do que a média mundial. No total, considerando os investimentos públicos e privados, 8,4% do PIB vão para a saúde. Entretanto, 55% desse montante representa gastos privados e beneficia R$ 46 milhões de conveniados, enquanto os 45% restantes são públicos e favorecem todos os 190 milhões de brasileiros. Os dados mostram que há um desequilíbrio nessa balança: o SUS, que é universal, para todos, tem menos recursos do que os planos e seguros privados, que favorecem cerca de 24% da população brasileira. Esse diagnóstico está presente no relatório da subcomissão especial da Câmara dos Deputados destinada a tratar do financiamento, reestruturação da organização e funcionamento do SUS. O relatório, de autoria do deputado federal Rogério Carvalho (PT-SE), foi aprovado recentemente pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara e apresenta propostas para o problema do subfinanciamento do SUS e melhor funcionamento do Sistema.

"O mérito da tese e da proposta da Subcomissão é ter o SUS constitucional como ponto de partida e como ponto de chegada. Não se trata de plano ideal, significando utopia, mera fraseologia ou apego ao legalismo. SUS constitucional como ponto de partida significa que é por meio do texto constitucional que se constrói o sistema de saúde do Brasil. O direito à saúde é reconhecido, incorporado e exigido estatalmente, porque ali estão contidas quais são as bases que sustentam as ações e serviços de saúde. É a Constituição que diz que as ações e serviços de saúde são de acesso universal e igualitário, de relevância pública, visam reduzir riscos de doenças e outros agravos, integram uma rede regionalizada e hierarquizada, constituem um sistema único", pontua o relatório. O texto continua explicando por que o SUS constitucional é o ponto de chegada do relatório: "porque requer a realização do direito à saúde, ou seja, a sua integração ao vivenciar e agir dos cidadãos e agentes públicos na forma de direitos e deveres recíprocos, e ser introduzida como política de Estado mediante atuação do Governo. Ora, havendo bloqueios do processo de concretização do SUS por fatores políticos, econômicos e culturais, a reprodução do SUS constitucional não se realiza", alerta o documento.

O relatório traz diversos dados que comprovam o quanto o país está longe da realização do SUS constitucional. "Dados apresentados pelo Ministério da Saúde [em 2007] indicaram defasagens na tabela de remuneração do SUS e estimaram que havia 13 milhões de hipertensos que não estavam sendo tratados e acompanhados adequadamente e 4,5 milhões de diabéticos na mesma situação. Também foi destacado que: 25% da população portadora de doenças negligenciadas, como tuberculose, malária, hanseníase, entre outras, não teriam acesso regular ao sistema de saúde; 47% das gestantes não cumpririam o mínimo de sete consultas de pré-natal e 90 mil brasileiros com diagnóstico de câncer estabelecido fariam cirurgia e quimioterapia, mas não teriam acesso à radioterapia pela insuficiência de capacidade instalada. Além disso, é preciso considerar que o acesso da população brasileira aos serviços do SUS não se dá de modo uniforme, pois há desigualdades regionais", detalha o documento.

Os dados apontam ainda o Brasil na 143ª posição mundial em termos de gastos públicos com a saúde, situando-se no grupo de 25% de países em que o setor público gasta menos do que o privado. Para o presidente do Instituto de Direito Sanitário Aplicado (Idisa) e consultor do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) Nelson Rodrigues dos Santos, o relatório traça um diagnóstico importante dos obstáculos para o desenvolvimento do SUS. Para ele, são quatro os principais problemas. "O primeiro deles é o subfinanciamento, mas há outros três enormes, quase tão importantes quanto esse. Eles convivem porque um alimenta o outro. O segundo é o subsídio federal de recursos públicos federais para o mercado dos planos privados; o terceiro, que está muito atrelado ao subfinanciamento, é o impedimento de a Emenda Constitucional 29 financiar melhor o SUS; e o quarto e último obstáculo é o impedimento de haver uma reforma democrática e administrativa do Estado para ele poder gastar melhor o dinheiro", detalha.

Para combater o problema do subfinanciamento, o relatório fala na necessidade de garantir o aumento do financiamento por parte do governo federal. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), também presentes no relatório, em 1980, o montante do governo federal destinado à saúde representava 75% do total do gasto público com o setor, em 2010 essa porcentagem caiu para 44%. "Com isso, os estados e municípios, que aplicavam apenas 25% do total, tiveram que subir esse recurso e em 2010 passaram a arcar com 56%. Há um outro dado fundamental no relatório que é o do investimento per capita público em saúde, medido pela OMS. O Brasil tem um per capita público de 385 dólares por brasileiro ano, e a média dos países que têm bons sistemas públicos é de 2530 dólares por ano. Todos esses dados mostram que o governo insiste em retrair e subfinanciar o SUS durante os 21 anos de existência do Sistema", comenta Nelson. O relatório confirma a percepção do professor: "Os debates em nossas reuniões de trabalho sedimentaram a posição de que, salvo algumas exceções, o grande incremento nos gastos com a área da saúde vieram da vinculação orçamentária de Estados e Municípios. A União, nesse tocante, ficou a desejar".

O professor avalia que desde o surgimento do SUS o governo federal tenta impedir a regulamentação do próprio percentual que deve aplicar na saúde e que atualmente a conjuntura não é diferente. É justamente essa discussão que está em curso hoje no Senado, com a regulamentação da Emenda Constitucional 29. "A área econômica do Estado continua a mesma, sempre pressionando para só colocar os 10% da receita corrente bruta da União se houver a criação de novos impostos, o que, para nós, é uma posição atrasada, anti-social, de entrega da soberania nacional para a voracidade do sistema financeiro. Em 2010, 44,9% do orçamento da União foi para pagar juros da dívida pública, amortizações e refinanciamento da dívida. Lá em baixo estão os gastos com a saúde, com 3,4% do orçamento, a educação com 2,8%, a segurança pública com 0,5%, os transportes com 0,04%. Essa voracidade do sistema financeiro está estabelecendo uma ditadura na área econômica do Estado brasileiro nesses 20 anos O governo federal não vem tendo força, caiu de joelhos perante essa pressão, prejudicando tanto a área social, como também a área de infraestrutura do desenvolvimento", destaca. (Leia mais sobre a regulamentação da Emenda Constitucional 29 e o financiamento da saúde).

‘Beneficiômetro'

Para Elias Jorge, professor da Universidade Federal de Minas Gerais e especialista em financiamento da saúde, além da exigência de mais recursos para a área , é preciso ter clareza da necessidade de não fazer "mais do mesmo" com esse aporte financeiro. "O que eu chamo de diferente é a aplicação intensiva em atenção primária e atenção básica, o uso intensivo das teorias gerais da administração, de organização e métodos, dos instrumentais de economia da saúde no processo de gestão, a remuneração adequada dos profissionais da saúde, a profissionalização da gestão, ou seja, um conjunto de ações fundamentais para poder melhorar a essência do recurso utilizado e ao mesmo tempo trabalhar na direção de aumentar o recurso", explica.

O professor propõe uma nova ferramenta para ajudar nesse processo: o beneficiômetro. Ele explica: "a população precisa ter conhecimento regular e sistemático sobre o que é feito com o recurso que é arrecadado. Da mesma maneira que a Fiesp e associações comerciais mantêm o impostômetro para dizer que o Estado é caro, que é absurdo haver tantos impostos, nós, que defendemos uma sociedade solidária, precisamos explicitar o que é o fundamento da seguridade social, na qual, por interveniência do Estado, é extraído de cada um segundo a sua capacidade para oferecer a cada um segundo a sua necessidade. Então, da mesma maneira que fica a maquininha mostrando o quanto foi arrecadado de impostos, precisamos dizer quantas consultas são feitas por hora, quantos exames laboratoriais, quantas vacinas, quantas merendas escolares são fornecidas com o dinheiro dos impostos que são arrecadados da população, quantos pagamentos de salário, quantos auxílio-alimentação, quantas bolsa-família, quantos aposentadorias do setor público, quantas aposentadorias do setor privado. Ou seja, mostrar o que é feito com o dinheiro público arrecadado em cima desses cinco pilares - saúde, previdência, assistência social, trabalho e educação - da proteção social do Brasil".

Reforma democrática e administrativa do Estado

Para Nelson dos Santos, também é preciso "fazer diferente" com os recursos públicos, mas o professor defende que é necessário fazer uma reforma democrática e administrativa do Estado. "Desde que foi aprovada a Constituição, o movimento da reforma sanitária e todos os movimentos democráticos no Brasil pressionam para haver essa reforma para tornar o Estado mais eficiente na gestão e gerenciamento da prestação de serviços públicos. O Estado tem uma herança secular de ser extremamente burocratizado, lento, patrimonialista, com uma estrutura administrativa que não consegue gastar com eficiência e agilidade os recursos públicos na prestação de serviços públicos. Esse Estado requer uma reforma que está sendo devida para a sociedade", salienta.

Elias Jorge acredita que é possível trabalhar a estrutura administrativa já existente garantindo mais eficiência a alguns instrumentos de gestão. Ele exemplifica: "Poderíamos ter bancos de preço operantes para articular as compras, um catálogo de materiais, ou seja, o uso intensivo desses instrumentais com a estrutura que nós temos. Um banco de preços só tem sentido se ele for alimentado, se todos os compradores públicos o alimentarem, aí se passa a ter uma referência fantástica para aquisição de equipamentos, medicamentos, etc. Se existe um catálogo de material, só se pode fazer compra segundo aqueles itens que estiverem catalogados, que são rigorosamente informados. Outra iniciativa seria criar núcleos de economia da saúde para dar suporte à tomada de decisões, utilizar coisas que são antigas, de teoria geral de administração, de organização e método para funcionamento das estruturas, um conjunto de coisas que pode ser implementado com o que nós temos. Mas óbvio que para isso tem que ter política de pessoal, política salarial, ou seja, questões que compõem um todo de intervenção a ser feita", diz.

SUS longe de ser o SUS constitucional

O relatório propõe um retorno à origem do SUS para que sejam efetuadas as mudanças necessárias para garantir um sistema de saúde de fato universal e de qualidade. Para Nelson dos Santos, o país se afasta cada vez mais desse SUS constitucional. O professor comenta que essas dificuldades do Estado para gerir os serviços públicos, entre eles o SUS, é o que dá margem para propostas de privatização, como o estabelecimento de Organizações Sociais da Saúde (OSs) e a expansão cada vez maior da saúde privada. Ele chama essas propostas de mudança de gestão do modelo da saúde, como as OS e fundações de apoio, de "escapismos". "São verdadeiras válvulas de escape para favorecer entidades privadas que pressionam pela privatização dos SUS, para fazer de conta que os governos estão fazendo o SUS", afirma. "O próprio governo admite que é incompetente para gerenciar e que, como há um ente privado que é mais competente, entrega para um ente privado esse gerenciamento. Esse governo está abdicando até de ser governo. Com essa postura se vai cada vez mais longe do SUS constitucional", completa.

Elias Jorge reforça que os planos privados só existem no Brasil porque coexistem com um Sistema Universal como o SUS. "Esses sistemas suplementares sobreviveriam sem o SUS? Não, eles vivem do usufruto do SUS, só se viabilizam porque existe do lado o SUS fazendo uma série de ações pelas quais eles não respondem, por exemplo, as ações de saúde coletiva em geral, qualidade da água, dos alimentos, vigilância sanitária, ambiental, etc. Eles acabam sendo um fator permanente de sangria dos setor público, não só pela demanda dos seus segurados em cima do SUS, que é um direito legítimo que eles têm, mas pelas renúncias fiscais que tendem a ficar cada vez maiores", destaca.

O Ministério da Saúde foi procurado para comentar o relatório, mas respondeu, via assessoria de imprensa, que não teria disponibilidade para conceder uma entrevista nesse momento devido à realização da 14ª Conferência Nacional de Saúde (14ª CNS). O tema da Conferência é justamente a universalidade do sistema de saúde brasileiro - ‘Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro' - sobre o qual Nelson dos Santos faz um alerta: "Nesses 20 anos do SUS, a universalidade caminhou para trás. Toda a classe média brasileira e os trabalhadores sindicalizados têm planos privados. Os dissídios entre empregados e empregadores nesses 21 anos colocam o plano privado com um dos primeiros pleitos. A totalidade dos trabalhadores públicos federais também está com planos privados, em parte subsidiados pelos recursos públicos federais. Então, a marcha da universalidade está no sentido contrário. O SUS está ficando só com os pobres que não têm condições de comprar plano privado, cerca de 75% da população. A verdadeira política do Estado nesses 21 anos do SUS é uma política de fazer um SUS pobre para os pobres, porque o mesmo Estado está subsidiando os plano privados e já empurrou a classe média e os trabalhadores para os planos privados. Não foi isso que a Constituição decidiu. Nos anos 80, a sociedade decidiu por um sistema público, universal e de qualidade para toda a sociedade".

Raquel Júnia
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), Fiocruz
Adital

A beleza não é só para os ricos



Florianópolis é uma cidade que vive da beleza. Esse é o principal "produto” que seus governantes põem à venda para atrair milhares de turistas em todas as temporadas de verão. Não é sem razão que ano após ano as gentes veem subir dezenas de prédios e hotéis, destinados a abrigar aqueles que vêm para a ilha em busca da beleza. E assim, tal qual Hípias na Grécia antiga, os agentes de turismo vendem a beleza de Florianópolis como coisa. "A praia bela, a areia bela, a paisagem bela, a comida bela”. Mas, quem nasceu aqui ou os que aprenderam a amar a cidade como um espaço onde se vive a vida cotidiana, a beleza tem outro sentido. Não é coisa, é ser. Assim, para esses, o que é belo não é a praia, a areia, a paisagem ou a comida, mas sim a ideia que comunica o caráter das coisas. E se beleza é ideia, não pode ser objetivada, nem vendida.

Ainda assim, o que acontece é que os que amam a cidade precisam conviver/com e batalhar contra com os vendilhões capitalistas, os que apenas enxergam a coisa a ser vendida, sem se preocupar com aqueles que vivem e sofrem a cidade no dia-a-dia. Vai daí que aparecem os conflitos.

Um deles acontece bem agora, nesses dias de quase verão. De novo, os vendilhões decidiram atacar mais um espaço de beleza da cidade, transformá-lo em coisa e vendê-lo aos que também só conseguem conceber a beleza como um objeto. A ponta do Coral. Esse lugar é uma pequena ponta de terra que avança sobre a Baia da Beira Mar, isolada da cidade pela via-expressa e os arranha-céus. Ali, desde os anos 80, os movimentos sociais, estudantes e militantes de toda a ordem vêm lutando para que seja construído um parque e um espaço de atividades culturais. Ou seja, é a proposta da beleza democratizada, entregue a toda cidade. Uma coisa muito justa uma vez que o aterro da Baia é hoje o espaço de moradia da classe alta, que acabou privatizando a vista, a terra e tudo mais.

Pois não satisfeitas com isso, agora as forças do capital querem se apropriar da Ponta do Coral, lugar que historicamente pertenceu aos pescadores, às gentes simples da cidade. O projeto das empreiteiras – tendo a frente a empresa Hantei, é fazer um aterro, descaracterizando completamente o lugar, e construir ali uma marina para que os iates e barcos de turismo possam atracar. Também propõem, no lugar do centro cultural público – como é desejo dos movimentos – construir um hotel de luxo. Será o Parque Marina Hotel.

Hoje a Ponta do Coral é espaço conflagrado, uma vez que a cidade luta há décadas para que aqueles 14 mil metros quadrados, onde vive uma fauna exuberante (garça-branca, biguá, baiacu, garça-azul, socó-dorminhoco, bem-te-vi, quero-quero) possa ser utilizado pela comunidade, de forma livre e democrática. Ninguém aceita a conversa de que aquela é uma área privada e que, portanto, o dono pode fazer o que quiser. Não é assim. A propriedade também deve cumprir uma função pública.

A Ponta do Coral, por ser um terreno à beira-mar, deveria ser terreno de marinha, embora conste em documentos que o dono é Realdo Guglielme, empresário de Criciúma. No passado esse terreno pertenceu a Standart Oil Company que ali tinha um depósito, o qual as entidades queriam ver tombado para a concretização da proposta de um casarão cultural. Com a construção do aterro da Beira Mar (nos anos 80), o Estado acabou comprando o lugar e, depois, com a via expressa concluída, a ponta ficou afastada do resto da cidade e foi vendida outra vez. Mas, a população queria preservar o lugar como área verde e fez um grande movimento. Tudo isso foi em vão. A Ponta do Coral seguiu em mãos privadas e logo já apareceu o projeto da construção de um hotel. Houve manifestações, protestos, luta, mas, como quem manda na cidade é o dinheiro, em 1998 Guglielme conseguiu derrubar o prédio da Standart Oil e frustrar uma luta de anos. Ainda assim, os movimentos sociais seguiram lutando e inviabilizando a construção do hotel.

Agora, a queda de braço é com a construtora Hantei, contratada para levar adiante a proposta do hotel e da marina. A Ponta do Coral, velho espaço de pescadores e área de lazer do povo da Agronômica é coisa vendável, é paisagem/objeto, é privilégio para poucos. Na cidade, os movimentos que se levantam contra o empreendimento são tratados como os "inimigos do progresso” ou os "do contra”, como é comum aos capachos do poder tentar ridicularizar e diminuir aqueles que pensam no bem público. O fato é que o "progresso” que a marina e o hotel se propõem a trazer não será para todos. Apenas os donos do empreendimento se encherão de dinheiro com a proposta. O que as empresas envolvidas no processo dizem é que o povo de Florianópolis vai ganhar porque haverá muitos empregos. Outra bobagem. Os empregos que um empreendimento como esse geram podem ser gerados em outros lugares e o serão, uma vez que a vocação da ilha é o turismo. Assim, a vida de nenhuma pessoa será inviabilizada se o projeto não vingar. Pelo contrário. Com um parque cultural, toda a gente da cidade poderá se favorecer e desfrutar de qualidade de vida.

A compra das consciências e as ilegalidades

Como sempre acontece em situações como essas, a empresa construtora iniciou um trabalho de compra de consciências. Contando (ou comprando?) com o apoio de grandes empresas de comunicação a empresa fez um agressivo trabalho de relações públicas, afirmando que a Ponta do Coral não será um espaço privado. Será construído o hotel de luxo e a marina, mas o povo poderá desfrutar de uma série de equipamentos públicos como pracinha para crianças, anfiteatro e praça. O que a empresa não diz é que esse espaço público ficará de cara para a rua, ou seja, completamente desprovido da beleza do lugar. As pessoas terão um lugar, mas ele será de segunda categoria. A beleza da ponta ficará de uso exclusivo dos turistas, hóspedes e navegadores. Para os empresários da construção "a plebe” deve ficar satisfeita com esse acordo e pegar o que pode.

Não bastasse esse engodo de "espaço público”, a empresa ainda anda pela comunidade espalhando a promessa de emprego, o que não deixa de ser algo tremendamente cruel, uma vez que é óbvio que não haverá empregos para todos, e os oferecidos não passarão dos cargos de arrumadeira, garçom ou, quem sabe, de atracadores de barco. E, as gentes, premidas pelas necessidades da vida, acabam embarcando nessa conversa furada.

Isso ficou patente na última audiência pública que aconteceu no dia 22 de novembro, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A Hantei, buscando criar falsa uma empatia junto aos deputados convocou moradores da Agronômica, empregados da construtora e até das imobiliárias para se manifestarem favoravelmente ao projeto. E o povo lotou a sala. Mas, para surpresa de todos, três horas depois do início da audiência foi descoberta a razão de tanta gente. A maioria havia recebido dinheiro para comparecer. As mulheres levaram 15 reais e os homens 20. Boa parte das pessoas não sabia absolutamente nada do que estava acontecendo ali, apenas seguiam as instruções para bater palma ou se manifestar quando alguém mandasse. Tiveram até direito a um lanche. O blogueiro Mosquito conseguiu a gravação da fala de um grupo de mulheres e denunciou a trama.

A audiência acabou sendo uma rica experiência de desvendamento de máscaras, como bem lembra Loureci Ribeiro, um dos estudantes que participou dos primeiros atos em defesa da Ponta do Coral e que, hoje, como arquiteto, segue defendendo a proposta comunitária. Poucos políticos da cidade compareceram (nenhum vereador), mostrando o quão pouco se importam com os assuntos da comunidade. E o que se viu foi o claro conluio que existe entre os grandes empreendimentos, a mídia, a administração municipal e os órgãos ambientais para o loteamento geral da cidade e da beleza.

Além dos movimentos sociais que historicamente tem lutado contra o projeto de privatização da beleza da Ponta do Coral, apenas a voz solitária da representante do Ministério do Planejamento, Isolde Espíndola, se fez ouvir, dizendo que a lei 180/2005 – que doa 12 mil metros de terra para a Hantei e permite o aterro de mais 30 mil – é ilegal e precisa ser anulada. "A área onde será feita o aterro é federal. A câmara de vereadores não tem ingerência. Essa é uma lei ilegal”. Mas, ainda assim, foi ignorada.

Enfim, a audiência cumpriu seu papel, expôs as feridas, as ilegalidades, as irresponsabilidades e os desejos obscuros das empreiteiras e dos maus políticos. Agora, é hora de a cidade se posicionar. Mas, essa posição precisa ser precedida do conhecimento. Ninguém pode acusar os movimentos sociais de ser "do contra”, sem saber antes contra o quê eles estão.

Nesse caso, os militantes sociais estão contra a apropriação indevida da beleza da Ponta do Coral por um pequeno grupo de empresários. O que os movimentos sociais querem é que aquele seja um lugar de todos, com todo o seu esplendor de flora e fauna, e não apenas uma praça perdida no meio do asfalto. A Ponta do Coral é um pequeno trecho de terra que avança na baia e que condensa uma vida rica e farta. É um lugar de beleza, de simplicidade, de ternura. É um vestígio isolado da velha cidade que foi cedendo passo aos arranha-céus, ao asfalto, aos espaços privados e elitizados. E por isso mesmo deve ser preservada como um patrimônio das gentes, de todos.

Agora, a luta segue, e precisa se encarnar na vida de todas as pessoas que amam de verdade essa cidade "perdida no mar”. Todo o esforço deve ser empreendido para a anulação da lei que entrega a ponta para a Hantei. E lá, naquele ínfimo espaço de pura beleza deve nascer o Parque há tanto tempo sonhado. Porque é direito do povo desfrutar da beleza que essa ilha tem. E que venham muito mais daqueles que são contra o progresso dos bandidos/grileiros do mar e da beleza.



Elaine Tavares
Jornalista
Adital

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

24/11 Hoje Faz 20 anos que perdemos Freddie Mercury

Hoje, dia 24 de novembro, faz 20 anos que perdemos Freddie Mercury, ex-frontman da lendária Banda Queen. Lógico que nós da AtumusS não podíamos deixar de prestar nossa simples homegem.

Freddie Mercury fo “o cantor”. Um dos melhores que o rock e, porque não dizer, a música em geral já viu e ouviu. Os cinco primeiros discos do Queen comprovam isto.


Foi também um bom compositor, não tão genial como cantando, mas Mercury tinha ao seu lado três músicos talentosíssimos, dois deles sendo compositores tão bons quanto ele — o baterista Roger Taylor e o guitarrista Brian May. Este trio, mais o tranquilo e competente baixista John Deacon, formaram um dos grupos mais criativos da história da música.

Freddie executava com perfeição as músicas compostas por seus companheiros de banda, como I Want It All, Who Wants To Live Forever, Tie Your Mother Down (Brian May); Radio Ga-Ga, We Will Rock You, Kind Of Magic (Roger Taylor); Another One Bites The Dust, I Want To Break Free, Need Your Loving Tonight (John Deacon).
Freddie inovou o modo de se fazer apresentações ao vivo, com uma energia memorável, se doava ao espetáculo, empolgando totalmente o publico. Nas apresentações, juntava-se o talento nato de freddie, com o seus companheiros, e um enorme jogo de luzes, seus shows era um espetáculo fantástico de enorme sucesso.

Freddie teve sim inúmeros problemas pessoais, grandes mancadas, canções ruins e momentos constrangedores, como por exemplo o horrível Dueto que fez com a cantora lírica Montserrat Caballé. Mas sinceramente, Quem quer lembrar disso?

Freddie Mercury morreu de AIDS em 1991, deixando muitos fãs nesse mundo, e um legado imenso.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Feliz Dia do Músico!


Hoje dia do Músico, dia 22/11, vamos postar um Review, básico, mas funcional da linda Guitarra da Epiphone assinada por Zakk Wylde.

Para quem não conhece, Zakk Wylde, o cara da foto ao lado, foi o celebre guitarrista da banda de Ozzy Osbourne e da sua própria banda Black Label Society. Zakk Wylde é considerado como um “Best Metal Guitarist”.

A Guitarra, produzida pela Epiphone (by Gibson) e o próprio Zakk Wylde é uma Les Paul Custom e é chamada entre os guitarristas de “ZW”.

Bem, o corpo da Epiphone Zakk Wylde é em Mogno, por vezes vem com o Tampo em Maple, por vezes não, depende da série de fabricação. Seu corpo é todo estilizado em “Bullseyes”, em forma de “alvo” caraterístico do arco e flecha. Este design é próprio da Zakk Wylde signature.

O Braço é na madeira de Maple, que junto com o Mogno do Corpo formam uma guitarra bem pesada. Características das Les Paul da Epiphone e Gibson. E sobre as madeiras não precisa nem comentar, são de alta qualidade. O acabamento também é praticamente perfeito, a pintura e montagem das peças são muito bem trabalhadas. Tudo em um acabamento de marfim antigo, e ainda com belas marcações perolizadas na escala. Realmente uma guitarra top da Epiphone neste conceito.

As tarraxas da Grover, são blindadas e possuem um acabamento dourado para dar um visual interessante. As tarraxas são bem seguras, e trabalham bem mesmo com o uso excessivo de “Bends”, a afinação se mantém estável. A ponte é uma Gibson Tune-o-Matic tradicional.

A Captação e o Som

Chegamos ao ponto a que 90% dos guitarristas realmente se interessam. Os Captadores e o som que eles são capazes de criar.


Os Captadores são os caríssimos EMG HZ H4, dois Pickups Humbuckers de alto padrão. Depois da assinatura e conferência de timbre por parte Zakk Wylde, a captação é a segunda responsável por fazer desta guitarra valer o que ela vale.

O timbre é muito preciso. Ele consegue ser limpo e definido, e quando trabalhando com “Distortions” ele é possui um bom ganho e o timbre segue preciso, mesmo sujo. É um timbre sonhado por grande parte dos Guitarristas amantes de guitarras Les Paul. Ou seja, limpo e brilhante no timbre limpo e pesado e encorpado nos timbres sujos.

Bem, esta é a Zakk Wylde Signature Les Paul Custom. Uma guitarra alto nível, para uma vida toda.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Rebeldes, mas sem filosofia

Nei Alberto Pies
Professor e ativista de direitos humanos
Adital
"A rebeldia nos jovens não é um crime. Pelo contrário: é o fogo da alma que se recusa a conformar-se, que está insatisfeito com o status quo, que proclama querer mudar o mundo e está frustrado por não saber como" (http://www.chabad.org.br)
Controlar ou emancipar a juventude é um dos dilemas de nossos tempos. Como escreveu Moisés Mendes, em artigo Esses jovens: "O jovem com vontades é uma invenção recente da humanidade. E o jovem capaz de influenciar os outros com suas vontades é uma invenção com pouco mais de 40 anos”. (ZH 13/11/11). Ao longo dos tempos, os jovens resistem e mantém acesa a ideia de mudar o mundo. Desejam, profundamente, que ideais e mundo sejam uma nota só. Seus sonhos projetam ideias em teimosia. Eles têm consciência que precisam controlar o seu "fogo ardente”, mas desejariam que este controle fosse deles, não daqueles que representam qualquer autoridade (pais, professores, psicólogos, legisladores, juízes, polícia). Rejeitam serem pensados pelos outros.

Os jovens sempre gostaram de desafiar os adultos, embora nunca tenham dispensado o apoio sincero e franco, a escuta compreensiva e a orientação bem intencionada dos mais velhos. A novidade de agora é que se apoderaram, como antes nunca visto na história, de uma poderosa ferramenta de comunicação e interação: a internet e as redes sociais. Parece, no entanto, que sua fragilidade está no fato de que ainda não terem vislumbrado uma filosofia capaz de dar envergadura para sustentar as causas de sua rebeldia. Faltam-lhes frases, bordões; falta-lhes filosofia.

O inconformismo que caracteriza os jovens é a força renovadora que move o mundo, mas também algo que incomoda os já acomodados. Acomodados, despreparados ou desconhecendo a realidade do universo juvenil, muitos desqualificam a juventude, vendo-a como um incômodo ou como uma fase de passageira rebeldia. Ao invés de emancipar, desejam controlar, dominar, moralizar. A rebeldia é o sinal de que a juventude continua sadia, cumprindo com o seu papel de provocadora de mudanças. A rebeldia, aos olhos da filosofia, é atitude de quem quer ser sujeito de sua história, não seu coadjuvante. A filosofia, como o inconformismo, motiva cada um na busca de seus próprios caminhos. Se os jovens mantiverem senso de direção, terão o poder de mover mundos.

O filósofo Sócrates, na Grécia Antiga, acreditando na emancipação humana, desenvolveu a maiêutica. Concebeu o papel dos sábios a um trabalho de parteira (que ajudam a dar a luz). Ele acreditava que a verdade e o conhecimento estão com cada um e cada uma de nós, e cada indivíduo pode descobrir as razões e verdades que motivam seu viver. Não por acaso, fora considerado um incômodo para Atenas. Uma das razões de sua condenação à morte foi insuflar a juventude a pensar por sua conta.

O fato é que os jovens de hoje vivem o seu tempo a partir de suas percepções, vivências e leituras. Seremos capazes de compreendê-los em nosso momento histórico? Teremos disposição para o diálogo e a escuta, buscando entender os desejos, sonhos, medos e angústias que os movem?

Neste mês em que comemoramos o dia mundial da Filosofia vale pensar que filosofia e rebeldia desencadeiam atitudes altivas e saudáveis, próprios daqueles que decidem pensar. Jovens e adultos, no entanto, precisam discernir que causas valem uma vida. A violência e a agressão, em forma de rebeldia, não podem ser toleradas. Mas, acima de tudo, a opção é da sociedade: apostar e empenhar-se na emancipação e inclusão da juventude ou considerá-la como constante ameaça contra a ordem social. Cada opção, com seu preço.

Relatório destaca exclusões e discriminações das juventudes negras na América Latina

Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
"A juventude afrodescendente é um dos grupos mais afetados pelos processos estruturais de exclusão, desigualdade e pobreza”. Isso é o que afirma o relatório Juventude afrodescendente na América Latina: realidades diversas e direitos (des)cumpridos, lançado nesta sexta-feira (18) no Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes: Afro XXI, em Salvador, Bahia.
O documento, elaborado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), apresenta um panorama regional das juventudes afrodescendentes, destacando os perfis demográficos e socioeconômicos dos jovens e a importância de proporcionar a inclusão deles na sociedade em geral.

Com base em informações de organizações afrodescendentes, o relatório aponta que esses jovens vivem uma "exclusão tripla”: étnica, por serem afrodescendentes; de classe, por serem pobres; e de geração, por conta idade. As jovens ainda enfrentam uma quarta exclusão: a de gênero. "A juventude afrodescendente se encontra hoje no foco de várias tensões e, neste marco, tem muitas demandas que, em resumo, são as seguintes: diante do resto da sociedade, exigem uma maior exclusão, o pleno acesso ao desenvolvimento e o exercício de seus direitos, enquanto que, diante do mundo, reclamam mais espaços de participação e decisão”, resume.


De acordo com o estudo, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá têm, juntos, 24.009.063 jovens afrodescendentes entre 15 e 29 anos. Desses, o Brasil é o país com maior quantidade de jovens afrodescendentes, com mais de 22 milhões.

O relatório ainda aponta que a maior parte dessa juventude é urbana. Falta de acesso aos bens e serviços públicos, violência, discriminação no emprego e altas taxas de mortalidade por causas externas estão entre os principais problemas enfrentados por esses jovens. O estudo observa que no Brasil, por exemplo, a chance de um jovem afrodescendente entre 15 e 17 anos ser assassinado é 125,8% maior do que um jovem branco.

Outro destaque é a questão sexual e reprodutiva das jovens afrodescendentes. "Na maioria dos países, observa-se uma maior incidência da maternidade entre as jovens afrodescendentes de 15 a 19 anos que entre o resto das jovens. Também se constatou a forte associação entre educação e maternidade adolescente; entre as afrodescendentes mais educadas e com trajetórias educacionais normais, a maternidade é significativamente menor que das que contam com menor educação e com trajetórias escolares atrasadas”, ressalta.


O documento também chama atenção para a desigualdade de oportunidades de estudo e emprego. De acordo com a publicação, em seis dos nove países analisados a porcentagem de jovens afrodescendentes que não estudam nem trabalham é superior que a dos demais jovens.

"Neste marco regional, em que a juventude afrodescendente sofre um processo de exclusão e discriminação, reitera-se que ambas as práticas devem ser erradicadas, dado que constituem uma flagrante violação dos direitos humanos. Desde uma olhada mais economicista, alguns estudos têm mostrado os custos associados à discriminação, pelo que sua eliminação constituirá um investimento significativo para a sociedade como um todo”, revela.

Leia o relatório completo em: http://www.unfpa.org.br/Arquivos/informe_afro.pdf

Peavey apresenta o novo sistema de PA TriFlex II de 1000 watts


Continuando a sua tradição de colocar no mercado sistemas de reforço sonoro portáteis “fortes e feios” a um preço acessível, a Peavey acaba de anunciar o lançamento do seu sistema TriFlex II. Trata-se de uma solução de PA portátil de três vias e dois canais que oferece um total de 1000 watts de potência para situações como performances de DJs e reprodução de música em eventos de qualquer gênero, baseando-se na clássica configuração de duas colunas de top full-range em satélite com uma poderosa coluna de subgraves de dimensões generosas que abriga toda a eletrônica e amplificação do sistema. Todos os transdutores deste sistema são unidades de desenho recente da Peavey e a seção de amplificação e eletrônica usa circuitos patenteados pela marca, sendo eles os compressores DDT da Peavey em todas as vias.

O novo sistema Peavey TriFlex II é uma solução completa de reforço sonoro com 1000 watts de potência através de uma clássica configuração de duas colunas satélite de 10”, neste caso com drivers de agudos Peavey RX14 de 1,4” em titânio e guia de onda patenteado Peavey Quadratic Throat Waveguide, complementadas por uma coluna de subwoofer com alto-falantes de 15”.
Segundo a empresa, o sistema foi desenhado para gerar uma reprodução bem balanceada e detalhada, ideal para apresentações de voz e música em todo o tipo de ambientes, sendo capaz de atingir um nível sonoro bem alto sem distorção e com muitos graves.
O chassi de amplificação e processamento deste sistema TriFlex II está contido na coluna de subwoofer, onde está um pré-amplificador de dois canais, crossover eletrônico e filtro subsônico, assim como três amplificadores, um para cada via do sistema. O subwoofer é alimentado por um amplificador de 500 watts, enquanto as colunas de topo têm um sistema de 2x250 watts, tendo todos os circuitos de compressão DDT proprietários da Peavey. Para facilitar o transporte, o subwoofer do TriFlex pode ser virado ao contrário, dando acesso a duas cavidades onde se podem guardar as duas colunas satélite, havendo ainda uma tampa para acesso ao espaço onde podemos armazenar todos os cabos que são fornecidos com o sistema, assim como os nossos microfones.
Uma solução como o Peavey TriFlex II pode ser colocada em funcionar em minutos, bastando remover os dois satélites e colocar o subwoofer em posição sobre os pés de borracha. Na parte de trás do sub temos acesso a todos os controles de pré-amplificação, sendo que as duas colunas de topo podem ser montadas nos dois tripés incluídos com o sistema e colocadas a uma boa distância entre si, de forma que garantem a dispersão correta do som pela audiência. Estas duas colunas têm um desenho angulado em 45 graus na parte de trás, podendo assim serem usadas como monitores de chão como sistema de reforço em palco, por exemplo para bateristas.
Todos os elementos do sistema TriFlex II são construídos em compensado de madeira MDF de 18 mm, com estrutura interna reforçada e revestida por uma pintura acrílica preta resistente aos estragos, tendo à frente grelhas metálicas perfuradas, prontas para utilização na estrada.

www.peavey.com

João Martins

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Novembro Mês da Consciência Negra


O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Anualmente, um número cada vez mais significativo de entidades civis, principalmente o movimento negro, tem se mobilizado em todo país, em torno de atividades relativas à participação da pessoa negra na sociedade. Confira a programação nacional aqui


Apesar do ponto alto da celebração coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares - 20 de Novembro – a cada ano, as atividades alusivas à data são expandidas ao longo do mês, ampliando os espaços dedicados à reflexão sobre a inserção do negro.



Isso porque, anualmente, um número cada vez mais significativo de entidades da sociedade civil, principalmente o movimento negro, tem se mobilizado em todo país, em torno de atividades relativas à participação da pessoa negra na sociedade em diferentes áreas: trabalho, educação, segurança, saúde, entre outros temas.

Neste Ano Internacional dos Afrodescendentes – instituído por Resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Nacional da Consciência Negra ganha caráter internacional. No Brasil, o ápice desta celebração será o AfroXXI – Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodecendentes, que acontecerá em Salvador, de 16 a 19 de novembro. O evento reunirá representações de países sul-americanos, caribenhos, africanos e ibero-americanos, em torno de debates acerca da situação atual desses povos nas regiões participantes.

A comemoração do 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra surgiu na segunda metade dos anos 1970, no contexto das lutas dos movimentos sociais contra o racismo. O dia homenageia Zumbi, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada, no ano de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas. Desde 1995, Zumbi faz parte do panteão de Herois da Pátria.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

25 Anos de Missa Afro é Comemorado Sabado dia 19 de Novembro


Em alusão ao dia 20 de Novembro, considerado dia da Consciência Negra, a pastoral afro do bairro Jardim Iracema da Paroquia de Santo Antonio de Padua, em Fortaleza no Ceará, celebra no dia 19 de novembro a 25a Missa Afro.
Uma missa com canticos afros, acompanhada de instrumentos de percussão. A missa faz homenagem a todos os negros cearenses que marcam na historia sua passagem na luta e conquistas do povo negro, sempre lembrando de Pe. José Santana, que foi o primeiro a celebrar a missa afro, assim como Dona Maria José(D. Mazé), que trabalhou incesantemente para mostrar que um novo amanhão é possivel.
Saudando tambem a Mãe negra Aparecida, com canticos, e louvores afro, pois a mãe de Deus é Brasileira e Negra.
Convido a todos a se fazerem presente a esta missa para entoarmos canticos saudando Jesus Cristo, homem negro como nos.


mais informações:missaafroce.blogspot.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Contra Baixo N. Zaganin Asema Imbuia Pré Aguilar

Com enorme gama de timbres gerados por seu circuito ativo, o modelo da empresa paulista prima pela versatilidade e pelo design ergonômico.

Considerada uma das empresas brasileiras do segmento musical que mais cresceram nos últimos anos, a N.Zaganin tem hoje entre seus clientes músicos consagrados como Lulu Santos, Roberto Frejat, Lenine, Liminha, Serginho Carvalho e Thiago Espírito Santo. Entre os baixos criados pela marca, alguns dos mais solicitados pertencem à Seérie Asema. Um deles é o modelo Imbuia Pré Aguilar.

Este instrumento possui design bem similar aos dos modelos Monarch, pertencentes à companhia americana Fodera. O corpo é feito de ash e o tampão, de imbuia – por esta razão, os timbres graves são reforçados. Inteiriço, o braço foi construído de maple, com escala de jacarandá e marcação de block inlay. As tarraxas, por sua vez, são da marca Gotoh GB 707, notória por sustentar a afinação muito bem. A ponte é do tipo Badass para contrabaixos de cinco cordas, pintado na cor preto fosco, que dá bastante sustain à vibração das cordas.

O N.Zaganin Asema é também é equipado com dois captadores J Ultra Jazz DiMarzio, conectados a um circuito ativo da empresa Aguilar com alimentação de 18V (duas baterias de 9V). Seus botões controlam, da esquerda para a direita, os Pickups do braço e da ponte e a tonalidade na função passiva. Com o circuito ligado, os três potenciômetros de equalização fazem as seguintes regulagens: médios (push/pull); agudos e graves (nas posições inferior e superior, respectivamente); e, por meio de uma chave, as funções ativo (abaixada), desligado (centro) e passivo (levantada).
Especificações

*Asema Imbuia Pré Aguilar
*Corpo: ash
*Top: imbuía
*Braço: maple inteiriço com longarina em marfim
*Escala: rosewood
*Marcação: block inlay em abalone
*Captação braço: “J” Ultra Jazz Dimarzio
*Captação ponte: “J” Ultra Jazz Dimarzio
*Controles: 1 volume braço, 1 volume ponte, 1 tonalidade, seção do pré Aguilar *18 volts: 1 médio (push/pull), grave / agudo (concêntrico), 1 chave de 3 posições: ativo/ desligado/ passivo.
*Ponte: Badass espaçamento 19 mm
*Tarraxas: Gotoh blindadas

SDH lança Escritório de Defesa dos Direitos Humanos


Nesta quinta-feira (10), acontece o lançamento do Escritório de Defesa dos Direitos Humanos (EDDH) em Audiência Pública, às 14h30, na Câmara Municipal de Fortaleza. Em funcionamento desde julho de 2011, o EDDH tem por objeto a (re)construção de direitos, especialmente do direito violado, garantindo o exercício da autonomia, além de trabalhar pela responsabilização do violador.


São atendidos casos de violações de direitos humanos individuais e coletivos, prioritariamente aqueles referentes às pessoas com deficiência, crianças e adolescentes, idosos(as), negros(as) e violências institucionais no município de Fortaleza. A equipe conta com assistente social, psicóloga, advogado e dois auxiliares administrativos e realiza acompanhamentos individuais ou em grupos, diante de determinadas situações.


O Escritório de Defesa dos Direitos Humanos conta com uma rede de parceiros para o encaminhamento e acompanhamento dos casos, como a Defensoria Pública estadual, o Ministério Público estadual, além de diversos órgãos da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Estado do Ceará.




Escritório de Defesa de Direitos Humanos
Rua Pedro I, 461 - Centro
Fortaleza -CE
Telefone: 3452-2360
eddhfortaleza@yahoo.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email
Horário de funcionamento:
Segunda a quinta-feira, de 8h às 12h e de 13h às 17h


:: Serviço
Lançamento do Escritório de Defesa de Direitos Humanos
Data: quinta-feira, dia 10
Horário: 14h30
Local: Câmara Municipal de Fortaleza Rua Dr Thompson Bulcão, 830 - Conjunto Luciano Cavalcante

domingo, 13 de novembro de 2011

Polícia militar confirma o controle total e pacífico da Rocinha


A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou neste domingo o controle total da favela da Rocinha, a maior do Brasil e nas mãos dos traficantes de drogas há 30 anos, depois de uma operação que começou de madrugada com o apoio de blindados da Marinha e sem disparar um único tiro.

"Tenho o prazer de informar que a Rocinha e o Vidigal estão em nosso poder. Não houve nenhum incidente, nem um tiro disparado. Não temos informações sobre detidos ou material apreendido", informou Alberto Pinheiro Neto, chefe do Estado-Maior da PM, em coletiva de imprensa.

"As comunidades estão sob nosso controle desde as 06h00 e estamos retirando os blindados. Em 45 minutos abriremos as ruas" (fechadas desde as 02h00), acrescentou.

A ocupação da Rocinha, localizada no coração dos bairros ricos do Rio de Janeiro, começou por volta das 04h10 quando efetivos do BOPE e do batalhão de Operações de Choque entraram pelas vielas da comunidade, escoltados pelos blindados, já usados em outras operações similares, e pelo voo rasante de helicópteros.

As ruas semi-iluminadas ainda estavam desertas quando os policiais entraram e alguns moradores observavam das janelas de suas casas o avanço da tropa.

"A chegada da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) vai ser positiva para as novas gerações para dar fim ao tráfico de drogas. Quero que meus filhos não tenham contato com o tráfico, é uma maravilha", expressou à AFP Carlos Alberto, de 51 anos, vizinho da Rocinha, que, ao contrário da maioria, decidiu falar com a imprensa.

Mas nem todos aplaudiram a ação. Um grupo de mulheres chorava à medida que os oficiais avançaram pelas ruas da Rocinha, constataram os jornalistas da AFP.

"Esperamos que a pacificação não seja apenas tirar os traficantes de droga, e sim que traga saneamento, educação, saúde e moradia", declarou à AFP Raimundo Benício de Sousa, conhecido como "Lima", um líder comunitário de 56 anos que tem uma imobiliária na favela.

Segundo Lima, no bairro "há gente vivendo em meio a baratas, urinando e defecando numa lata", e por isso acha que "a pacificação tem que ter essa gente como prioridade".

"Queremos que as pessoas sejam tratadas como dignidade, com respeito, que os que cometeram crimes vão presos, mas não sejam assassinados pela polícia", declarou, por sua parte, William de Oliveira, presidente do Movimento Popular de Favelas, que usava uma camiseta com a inscrição "I love Rocinha".

Nas ruas era possível sentir um forte cheiro de queimado, oriundo das motos que pertenciam aos bandidos para se deslocar dentro da favela e que agora, ante a ocupação da polícia, foram queimadas por eles.

As autoridades calculavam que 200 traficantes ainda permaneciam dentro da favela, depois da prisão esta semana do chefe do tráfico da Rocinha, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, quando fugia escondido no porta-malas de um carro, junto com vários cúmplices e policiais corruptos que os protegiam.

É a primeira vez que os chefes do tráfico são presos antes da tomada de uma favela pelas autoridades.

Desde sexta-feira, os policiais se posicionaram fortemente armados nos principais acessos da região e, com fotos de suspeitos nas mãos, revistaram cada veículo - público ou particular - que entrava e saía do lugar.

A tomada da Rocinha, a 19a. que a polícia reconquistou das mãos dos traficantes, recorda a megaoperação policial-militar montada em novembro de 2010 para tirar o controle das favelas do Complexo do Alemão, onde vivem 400.000 pessoas. A ocupação aconteceu depois de vários dias de confrontos com os marginais que deixaram 37 mortos.

O Estado do Rio de Janeiro realiza desde 2008 uma corrida contra o relógio para pacificar os bairros carentes da cidade controlados por traficantes e milícias paramilitares antes do Mundial de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Mais de 1,5 milhão de pessoas vivem em cerca de mil favelas no Rio, ou seja, um terço da população total.

"Estamos com medo, não sabemos o que vai acontecer. Eu rezo muito", comentou Lima. "Só espero que quando a Copa do Mundo acabar não se esqueçam de nós", concluiu.

sábado, 12 de novembro de 2011

Orkut não morreu: novos recursos são liberados para todos os usuários

Após receber respostas de donos das comunidades e usuários, o Google acaba de anunciar que todas as novidades para o Orkut - divulgadas em outubro - já estão disponíveis para as demais páginas da rede social.



As comunidades possuem um novo layout, que agora contam com a possibilidade de inclusão de vídeo na descrição. Além disso, os internautas poderão seguir as páginas que quiserem e receber suas atividades e recursos na Home, como a criação de novos tópicos, por exemplo. Dessa forma, não há mais a necessidade de acessar página por página para saber como anda a comunidade.

Os tópicos e enquetes também foram aprimorados: suas exibições são mais coloridas, e o internauta pode respondê-los com apenas um clique. O usuário, aliás, também será reconhecido mais facilmente, já que sua foto de perfil será exibida toda vez que criar, publicar ou responder a uma enquete.

Para quem é dono de uma comunidade, o Orkut agora possibilita fechar um tópico (independente do motivo) e abri-lo mais tarde para que as discussões possam continuar.

Ao que parece, com a adição de novos recursos à rede social, o Google afirma novamente o que foi dito no lançamento do Google+: "o Orkut não morrerá". E ainda prometem mais novidades para as próximas semanas. Quem viver, verá!

Mídia: fiscalização ou poder paralelo?

Venicio Arthur de Lima
Jornalista, sociólogo, professor-titular de Ciência Política e Comunicação aposentado da Universidade de Brasília; fundador e primeiro coordenador do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da UnB
Adital

No clássico Four Theories of the Press, de Siebert, Peterson e Schramm – uma das consequências indiretas do longo trabalho da Hutchins Commission, originalmente publicado no auge da Guerra Fria (University of Illinois Press, 1956) –, uma das funções descritas para a imprensa na chamada "teoria libertária” era exercer o papel de "sentinela” da liberdade.

Em outro livro, também clássico, que teve uma pouco conhecida tradução brasileira (Os Meios de Comunicação e a Sociedade Moderna, Edições GRD, 1966), Peterson, Jensen e Rivers assim descrevem a função:

Os libertários geralmente consideravam o governo como o inimigo mais temível e tradicional da liberdade; e, mesmo nas sociedades democráticas, os que exercem funções governamentais poderiam usar caprichosa e perigosamente o poder. Portanto, os libertários atribuíam à imprensa a tarefa de inspecionar constantemente o governo, de fazer o papel da sentinela, chamando a atenção do público sempre que as liberdades pessoais estivessem perigando (p. 151-152).

Nos Estados Unidos, a teoria libertária foi substituída pela teoria da responsabilidade social, mas o papel de fiscalização sobre o governo permaneceu, lá e cá, geralmente aceito como uma das funções fundamentais da imprensa nas democracias liberais representativas.

Jornalismo investigativo

O chamado "jornalismo investigativo”, que surge simultaneamente ao "ethos” profissional que atribui aos jornalistas a "missão” de fiscalizar os governos e denunciar publicamente seus desvios, deriva do papel de "sentinela” e é por ele justificado. A revelação de segredos ocultos do poder público passou a ser vista como uma forma de exercer a missão de guardião do interesse público e a publicação de escândalos tornou-se uma prática que reforça e realimenta a imagem que os jornalistas construíram de si mesmos.

Com o tempo, a mídia passou a disputar diretamente a legitimidade da representação do interesse público, tanto em relação ao papel da Justiça – investigar, denunciar, julgar e condenar – como em relação à política institucionalizada de expressão da "opinião pública” pelos políticos profissionais eleitos e com cargo nos executivos e nos parlamentos. Tudo isso acompanhado de uma permanente desqualificação da Política (com P maiúsculo) e dos políticos.

Na nossa história política há casos bem documentados nos quais a grande mídia reivindica para si esses papéis. O melhor exemplo talvez seja o da chamada "rede da democracia” que antecedeu ao golpe de 1964 e está descrita detalhadamente no livro de Aloysio Castelo de Carvalho, A Rede da Democracia – O Globo, O Jornal e o Jornal do Brasil na Queda do Governo Goulart (1961-64); NitPress/Editora UFF, 2010.

Mais recentemente, a presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ) declarou publicamente:

A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo, de fato, a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo" ("Ações contra tentativa de cercear a imprensa”, O Globo, 19/3/2010, pág. 10).

Poder paralelo

Como chamou a atenção o governador Tarso Genro, na abertura de um congresso nacional contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, em outubro passado:

Criou-se um jornalismo de denúncia, que julga e condena. Usam a corrupção como argumento para dizer que as instituições não funcionam e tentar substituí-las (...) atualmente, os casos mais graves são investigados pela mídia e divulgados dentro das conveniências dos proprietários dos grandes veículos (...) fazem condenações políticas de largas consequências sobre a vida dos atingidos, e tomam para si até o direito de perdão, quando isso se mostra conveniente (http://sul21.com.br/jornal/2011/10/grande-midia-quer-instituir-justica-p...).

Será que estamos a assistir no Brasil à comprovação prática da afirmação de Paul Virilio: "A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”? A resposta a essa questão deve ser dada pela própria Justiça e pelas instituições políticas. A ver.

[Fonte: Revista Teoria e Debate].

Na Comunicação, o Brasil é a ditadura perfeita

Paulo Henrique Amorim
Jornalista. Conversa Afiada - Máximas e Mínimas 1254 www.paulohenriqueamorim.com.br
Adital

E ainda pensam que o copo determina a qualidade do vinho.

Este ansioso blogueiro participou de seminário promovido pela Ajuris, a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul e o blog Carta Maior, na quinta-feira da semana passada(dia 03 de nov 11). Entre os expositores, o desembargador Claudio Baldino Maciel, Pascual Serrano (do site Rebelión, da Espanha), Juremir Machado, Breno Altman (Altercom), prof. Venicio Lima, Bia Barbosa (Intervozes), deputada Luiza Erundina (líder da Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação, e membro da Comissão de Ciência e Tecnologia, que não consegue discutir a renovação das concessões das redes de televisão), e o ex-Ministro Franklin Martins.

A seguir, trechos – não literais – da exposição deste ansioso blogueiro:

A Globo tem um pouco menos que 50% da audiência da televisão brasileira.
E mais do 70% de toda a verba da publicidade da televisão brasileira.
A televisão detém 50% de toda a publicidade brasileira.
Do tijolinho para vender uma moto usada em Joboatão ao break do jornal nacional.
Tudo somado, a tevê fica com 50%.
Logo, a Globo, a família Marinho, com 50% da audiência e 70% da verba, põe no bolso R$ 0,35 de cada R$ 1 investido na publicidade da sexta (ou quinta) economia do mundo.
A Globo é uma empresa fechada, que explora uma concessão de serviço público, o espaço eletro-magnético, que pertence ao povo brasileiro.
Póóóde ?
Agora, a Globo quer impedir uma segunda opinião sobre a audiência em tevê.
Ela só quer o IBOPE
O que isso significa para a democracia brasileira ?
Em 1998, na eleição para governador de São Paulo, o IBOPE, aqui também chamado de Globope, fechou para o cliente Paulo Maluf, uma pesquisa que o colocava à frente da Marta Suplicy.
Essa mesma pesquisa o jornal nacional divulgou na sexta-feira, na ante véspera da eleição no primeiro turno.
Com Maluf na frente da Marta.
Só que, na sexta-feira, a Marta já tinha ultrapassado o Maluf e ela é que ia para o segundo turno com Mario Covas.
Com o Globope do jornal nacional, muitos eleitores da Marta preferiram o "voto útil” e votaram no Covas, para derrotar o Maluf.
Maluf foi para o segundo turno com Covas e assim Covas se elegeu governador de São Paulo.
Na segunda feira, este ansioso blogueiro, apresentador do Jornal da Band, entrevistou o deputado federal mais votado, José Genoino, do PT.
E nos bastidores avisou que ia perguntar sobre a patranha do Globope contra a Marta.
Genoino reagiu enfaticamente: não, sobre isso eu não falo!
Na Argentina – ah!, que inveja da Argentina! – a Cristina Kirchner comprou o "Brasileirão” da Globo (Clarin) e exibiu no horário nobre da TV Educativa.
E distribuiu o sinal para que outras emissoras exibissem quando lhes desse na telha.
Aí, a Cristina descobriu que o IBOPE argentino dava para o "Brasileirão” da TV Educativa uma audiência muito menor do que quando era da Globo (Clarin).
O que fez a Cristina?
(Ah!, que inveja da Cristina!) ?
Rompeu o contrato com o IBOPE e pôs uma empresa independente, supervisionada por acadêmicos de diversas universidades, para medir a audiência.
O IBOPE da TV Educativa ficou parecido com o que o "Brasileirão” dava na Globo (Clarin).
Sabe quem era o IBOPE da Argentina?
O IBOPE do Brasil!
O mesmo!
Só que lá era conhecido como IBOPÍN…
O nobre deputado gaúcho Henrique Fontana, relator do projeto da Reforma Política, informa que, com menos de R$ 500 mil não se elege um deputado estadual no Rio Grande do Sul.
E com menos de R$ 1 milhão ninguém se elege deputado federal.
(Por isso ele defende o financiamento publico exclusivo, mas o PSDB e o PMDB são contra por que preferem o Caixa Dois, que é a alternativa ao financiamento público?)
E o que tem o Globope com isso?
Porque se um partido sai mal nas pesquisas do inicio da campanha, babau.
Não tem grana.
Globope e Datafalha, que dão invariavelmente o Cerra na frente nas pesquisas iniciais, são uma chave para abrir o cofre dos financiadores: empreiteiros, industria farmacêutica, educação privada, tabaco …
O que isso tem a ver com a democracia?
Tudo!
Daqui a pouco, os parlamentares vão se vestir como piloto de Fórmula Um: cobertos de patrocinadores.
O que isso tem a ver com uma Ley de Medios?
Tudo!
A Globo é o elefante na sala da Democracia.
Nos últimos três anos, caiu a audiência da Globo.
Mas, ela não perde espectador nem um centavo de publicidade para os concorrentes.
Perde para si própria.
Perde audiência para os que vão para a internet e seus diferentes portais; para o cabo e o satélite e assistem à programação nacional controlada pela Globo; ou compram o "Brasileirinho” no pay-per-view.
Três famílias controlam a mídia de um país de 200 milhões de almas.
Os Marinho (e seus donatários, como a RBS), os Frias, e os Mesquita, que sub-locaram o Estadão aos bancos estrangeiros credores.
Essas três famílias e seus donatários controlam tevê, rádio, jornal, revistas, agencias de noticias e portais na internet.
E num mesmo mercado – e tome propriedade cruzada!
Nenhuma nova democracia no mundo toleraria essa concentração de poder.
"Novas democracias” são Portugal, Espanha, Argentina, México, Chile, Uruguai.
Essa é uma jabuticaba brasileira.
Antonio Carlos Magalhães dizia: se não saiu no jornal nacional não aconteceu.
Caetano, antes de trabalhar na Globo, dizia que assistia ao jornal nacional para saber o que o jornal nacional queria que ele pensasse que aconteceu.
O Ricardo Teixeira diz que enquanto a Globo não falar mal dele, nada lhe acontecerá.
Hoje, fica assim: se saiu no jornal nacional, NÃO aconteceu.
E isso tende a se perpetuar, até que a televisão morra para dentro de sua própria obsolescência tecnológica.
O Presidente Lula não fez e a Presidenta Dilma não fará uma Ley de Medios.
O Ministro Bernardo adiou a discussão sobre o assunto para 2012.
Para que o PiG (*) não diga que a discussão ficou prejudicada pelas Festas do Natal.
Em 2012, pondera-se, tem o Carnaval, a Semana Santa e as eleições para prefeito.
2013 fica muito perto da eleição de 2014 e o PiG vai dizer que é manobra para censurar o PiG.
2014, nem pensar.
Quem ousará tocar na Globo num ano de eleição !
Aparentemente, o Governo Dilma tem uma visão temo-tecnicista da liberdade de expressão.
"Temo”, porque teme a Globo.
"Tecnicista”, porque acredita que a banda larga vai promover a democracia.
É como acreditar que o copo determina a qualidade do vinho.
Outro ingrediente dessa "democracia” brasileira no campo da liberdade de expressão, é a reprodução, aqui, de manobra que não deu certo nos Estados Unidos.
Calar os independentes com processos judiciais.
Censurar pelo bolso.
Tentar manipular a Justiça.
É o caso da perseguição aos blogs que o Padim Pade Cerra chamou de "sujos”.
No Instituto de Mídia Alternativa Barão de Itararé, temos notícia de dezenas de blogueiros perseguidos na Justiça do interior do Brasil por prefeitos, vereadores e empresários suspeitos de corrupção.
Juca Kfouri é o campeão nessa prova.
Ricardo Teixeira move contra ele 50 ações judiciais.
Nassif, Azenha e Rodrigo Vianna são vítimas da mesma estratégia.
Devo ser o vice-campeão.
Costumo afirmar no Conversa Afiada, "diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”.
Ou como dizia o ínclito presidente Itamar Franco, fundador do Plano Real e do programa de genéricos, "quem melhor me define são meus inimigos e, não, meus amigos”.
Sofro, provisoriamente, 40 ações, com a recente entrada de Paulo Preto no elenco
Treze das ações são de autoria do banqueiro condenado Daniel Dantas.
Também sou homenageado por Gilmar Mendes (autor de dois HCs em 48 horas para tirar Daniel Dantas da cadeia), Heráclito Fortes, Eduardo Cunha, Naji Nahas e outros da mesma estirpe.
É uma galeria que me honra.
Mas, acima de tudo, é uma agressão à liberdade de expressão.
É a tentativa de manipular a Justiça para censurar jornalistas pelo bolso.
(No caso deste ansioso blogueiro, a tentativa é inútil.)
Acabo de voltar do México, onde se acredita que o Partido Revolucionário Institucional, o PRI, vai voltar ao poder na eleição presidencial do ano que vem.
Segundo o Premio Nobel Mario Vargas Llosa, em entrevista ao jornal Excelsior, da cidade do México, o PRI vai voltar ao poder, para fazer um acordo com o narcotráfico.
Foi Vargas Llosa quem disse que, nos 70 anos em que esteve no poder, o PRI construiu uma "ditadura perfeita”.
Por fora, uma democracia.
Por dentro, uma ditadura.
"Ditadura perfeita” – é o Brasil no campo da liberdade de expressão.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Lula, a Voz do Brasil

Lula é, hoje, a voz do Brasil. De modo especial, a voz dos que não têm voz. Nenhum brasileiro tem, no exterior, tanta audiência. Os chefes de Estado prestam atenção no que ele diz, inclusive Dilma Rousseff.

Universidades dos cinco continentes o homenageiam com o diploma de doutor "honoris causa”. Empresários, dentro e fora do Brasil, querem conhecer seu ponto de vista sobre a conjuntura. Organismos internacionais se interessam pelo modo como o seu governo combateu a fome e reduziu a desigualdade social no Brasil.

A vida é imprevisível. Frágil como uma folha seca. E o futuro a Deus pertence. Súbito, Lula vê-se afetado por um câncer na laringe. Até parece que a natureza decidiu atingi-lo em seu calcanhar de Aquiles. Como ocorreu ao pianista João Carlos Martins, cujos dedos das mãos, afetados por uma sucessão de problemas de saúde, quase o obrigaram a se afastar da música. Hoje, ele é reconhecidamente um exímio regente.

O câncer parece perseguir os chefes de Estado: Lugo, Chávez, José Alencar... Lula é feito da mesma matéria-prima de Alencar. Os dois foram dotados de um imbatível otimismo frente à vida, sustentado por consistente fé cristã. Como Alencar, Lula se sabe predestinado – não no sentido messiânico que o termo possa sugerir, e sim como resultado de uma convergência de fatores que o levaram à vida pública e, graças à sensibilidade social trazida de berço, se empenha em minorar a desigualdade social e promover uma ampla política de inclusão dos empobrecidos.

Todo o poder de comunicação de Lula se centra na voz. Ele nasceu brindado pelo dom da oratória. Lembro do início de nossa amizade, nas grandes assembleias metalúrgicas do ABC, no estádio da Vila Euclides, nos primeiros anos da década de 1980. Lula, antes de sair de casa, elencava num pedaço de papel os temas a serem abordados em seu discurso de encerramento da concentração operária. Era sempre o último a falar. Seu discurso marcava a culminância da assembleia.

Ocupado o palanque, iniciava-se a sucessão de pronunciamentos: diretores do sindicato dos metalúrgicos, líderes operários, advogados trabalhistas, políticos... À medida que o ato avançava, os pontos elencados por Lula brotavam da boca dos oradores que o precediam. Eu me sentia aflito por ele, preocupado se, ali no palanque, ele teria ideia de outros temas que ninguém tivesse abordado.

Terminada a lista de oradores, a palavra de coroamento da manifestação cabia a Lula. Todos prestavam silenciosa atenção, como se cada uma de suas frases devesse ser absorvida pela multidão. Então, Lula surpreendia. Não por arrancar da cartola retórica, como um mágico, temas inéditos. A pauta era a mesma. A novidade consistia no modo como a abordava.

Não falava com a cabeça, e sim com o coração. Não proferia teorias nem se perdia na ênfase de frases demagógicas. Discursava a partir de experiências oriundas de sua trajetória pessoal, criava parábolas, contava "causos”. Exortava, advertia, expressava metáforas bem humoradas, destilava ironias em torno da ditadura, caricaturava ministros e empresários, cobrava de cada grevista empenho na mobilização, atiçava os brios éticos da massa trabalhadora. Seu pronunciamento soava mais moral do que político. Sua voz inflamava a assembleia.

Agora, a voz padece. Descansa. Exige cuidados. Lula, como ocorre às águias ao atingirem 40 anos de idade, se recolhe à montanha para adquirir novo vigor. E, em breve, retomar seu voo por uma política, no Brasil e no mundo, centrada no fim da miséria e da pobreza – onde a sua vida teve início.

[Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Marcelo Gleiser e Waldemar Falcão, de "Conversa sobre a fé e a ciência” (Agir), entre outros livros. http://www.freibetto.org/> twitter:@freibetto.
Copyright 2011 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Assine todos os artigos do escritor e os receberá diretamente em seu e-mail. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br)]

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mulher põe fogo na casa de ex-amiga após fim de amizade no Facebook


A norte-americana Jennifer Harris, de 30 anos, foi presa em Des Moines, no estado de Iowa (EUA), acusada de pôr fogo na casa de Jim Rasmussen, porque ela terminou amizade no site Facebook.

Jennifer foi levada para a cadeia do condado de Polk com uma fiança fixada em US$ 100 mil. Ela colocou fogo na garagem da residência de Jim e Nikki Rasmussen na madrugada do dia 27 de outubro.

A família estava dormindo no momento, mas acordou com o barulho provocado pelas chamas. O casal conseguiu escapar, mas o fogo provocou o desabamento do telhado da garagem sobre os carros. O incêndio também danificou outras partes da propriedade.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LumenRadio apresenta novos produtos CRMX para controle de iluminação sem fios


Após ter conquistado um prêmio de inovação no PLASA 2010 com a sua tecnologia CRMX, a empresa britânica LumenRadio apresentou-se este ano na feira de Earls Court com muitas novidades que expandem a sua oferta de produtos CRMX, reforçada entretanto com dezenas de parcerias OEM com praticamente todos os grandes nomes da indústria de iluminação. O software de controle e monitoramento SuperNova 2.0 com a plataforma CRMX Unity – que unifica a comunicação com todo o tipo de redes DMX, RDM, Dali, ETCNet, NovaNet, etc. – foi a estreia no estande da marca, atraindo a atenção de todos os visitantes. O sistema CMRX Unity aumenta as capacidades RDM da solução SuperNova também a redes com fios, permitindo ter uma única interface de usuário para sistemas que utilizam combinações de protocolos de controle com e sem fio. Outra novidade foi o anúncio de que todos os produtos da LumenRadio foram atualizados para suportar agora o protocolo de rede de domínio público Art-Net 3, a mais recente versão desta tecnologia de rede Ethernet da Artistic Licence.

07.11.2011

Este ano, mais uma vez, a LumenRadio recebeu uma indicação para os prêmios de inovação PLASA 2011, sendo esta a terceira indicação depois da empresa ter recebido dois prêmios consecutivos. Em 2010, a LumenRadio foi premiada com o seu sistema CRMX Nova Flex, pela sua capacidade de agir como um sistema de controle de iluminação wireless completo e em qualquer tipo de protocolo. A empresa também foi elogiada pela sua implementação de RDM em aplicações arquiteturais, oferecendo informação de retorno de sensores externos e, desta forma, permitindo a implementação de soluções de iluminação para exteriores eficientes em termos energéticos.
Um ano depois, e já com um catálogo expandido de soluções, a marca expôs detalhes de um vasto número de projetos e instalações onde as suas soluções têm sido utilizadas com grande sucesso, tal como o festival de música Coachella, no deserto da Califórnia, onde as soluções CRMX foram testadas este ano para controlar sistemas em grandes distâncias e sobrevivendo a duras condições ambientais. Outra instalação detalhada foi a do castelo de Amerongen, feita pela Philips Lighting na Holanda, onde foi possível instalar uma solução de controle de iluminação arquitetural totalmente sem fios, para não comprometer o edifício histórico do século XVII.
Expandindo também a sua relação com a indústria, as soluções da LumenRadio podiam ser encontradas em soluções como o sistema Igloo e GlowUp da italiana Clay Paky; o primeiro uma redoma IP54 com um sistema CRMX DMX/RDM integrado, desenhado para proteger o Sharpy e outros projetores da chuva, do calor, da neve e do gelo; e o segundo uma interessante solução de projetores alimentados a baterias e que usam DMX sem fios para criar uma rede de unidades que funcionam de forma sincronizada.
A inglesa GDS foi outra marca que apresentou o sistema de iluminação LiteWare Satellite alimentado a baterias e com um sistema de controle LumenRadio CRMX já integrado. Este interessante projetor para estandes, eventos, estruturas cênicas e arquiteturas provisórias, não só pode ser totalmente controlado sem fios, como tem ainda uma cabeça ajustável destacável da base por uma haste telescópica, permitindo assim um enorme potencial de aplicações criativas.
“O PLASA Show deste ano serviu para confirmar que o controle de iluminação sem fios e RDM, que é uma das áreas que nós entendemos ser o nosso forte, atingiu a massa crítica na indústria. O sistema CRMX Unity veio trazer-nos a última peça do puzzle, ampliando as funcionalidades RDM do nosso software SuperNova e permitindo ligar interfaces CRMX multi-protocolo também com sistemas de rede cabeadas. A resposta da indústria tem sido tremendamente positiva e o negócio tem refletido isso mesmo”, informaram os responsáveis da LumenRadio,
Outro anúncio importante por parte da LumenRadio foi a confirmação de que as soluções da marca passam a trabalhar com Art-Net 3, a versão mais recente deste protocolo de rede Ethernet de domínio público, criado e desenvolvido pela Artistic Licence Engineering. A partir do PLASA 2011, todos os sistemas da LumenRadio com ligações Ethernet passaram a ser compatíveis Art-Net 3, interligando-se assim com os sistemas de mais de 200 marcas que usam esta tecnologia de rede. O protocolo Art-Net é um dos protocolos integrados no sistema de controle de iluminação wireless CRMX. “Ao atualizarmos as nossas soluções para Art-Net 3, podemos estar confiantes de que os nossos produtos se mantêm na vanguarda”, explica Michael Karlsson, principal responsável de investigação e desenvolvimento da LumenRadio. “Por exemplo, num projeto recente lembro-me de ter utilizado uma única rede para controlar um servidor de media e distribuir a sua saída para um painel de LEDs. Uma aplicação simples deste tipo poderia rapidamente atingir o limite de muitos dos protocolos Ethernet atualmente em uso”. Wayne Howell, diretor técnico da Artistic Licence Engineering e inventor do Art-Net, também comenta: “Poucas horas depois de lançar o Art-Net 3, soube através do Michael que a Lumen iria suportar esta versão do protocolo, o que obviamente foi bastante agradável. Naturalmente, esperamos que a resposta dos fabricantes seja rápida, uma vez que todos reconhecem que existe uma necessidade urgente para este tipo de tecnologia”.
Fundada por pioneiros em sistemas de redes sem fio, o conceito base do negócio da LumenRadio tem sido o de desenvolver as melhores tecnologias para controle de iluminação sem fios, motivo que levou ao desenvolvimento da tecnologia wireless proprietária CRMX. Sabendo bem o que funcionava e o que não funcionava com base em muitos anos de experiência prática, a LumenRadio criou a tecnologia CRMX como o primeiro sistema de controle sem fio para iluminação que é inteligente e é capaz de se adaptar automaticamente às condições existentes nas redes. Por outro lado, sendo uma tecnologia de transmissão de dados, o CRMX suporta DMX, RDM, DALI e todos os protocolos Ethernet mais utilizados na indústria de iluminação.
As vantagens do CRMX baseiam-se na capacidade que os dispositivos deste tipo têm de “conviver” com outros equipamentos sem fio presentes no local, e terem uma comunicação redundante com capacidade de detecção automática de falhas e correção de problemas, além de permitir implementação de funções de configuração automatizadas e suportar o retorno de comunicação bidirecional RDM (Remote Device Management – um extensão bidirecional do próprio protocolo DMX).
Além disso, os sistemas CRMX podem ser configurados e atualizados no local e podem ser expandidos sem limites de números de dispositivos na rede, sendo muito seguros contra intrusão de hackers, uma vez que usam encriptação de dados a 128 bit.
Para conseguir obter uma solução altamente competitiva, inclusivamente em alternativa a sistemas de rede com fios, a LumenRadio estabeleceu uma estratégia de parcerias como os principais fabricantes de sistemas de controle, balastos, lâmpadas e projetores, permitindo que estes integrem diretamente os módulos de controle sem fio diretamente nos seus equipamentos.
A LumenRadio limita-se a desenvolver e a aperfeiçoar a tecnologia, dando suporte aos seus clientes OEM e comercializando uma gama de equipamentos CRMX para mercados específicos, tal como os sistemas CRMX Nova e CRMX Outdoor para aplicações de entretenimento e iluminação arquitetural. O software CRMX SuperNova é a solução que garante as capacidades de monitoramento, configuração e gestão de rede diretamente com todas as unidades CRMX com suporte RDM. É uma aplicação grátis e que reconhece imediatamente qualquer produto com suporte RDM.
O lançamento da nova versão 2.0 do SuperNova, no PLASA 2011, foi um importante momento para a indústria de iluminação em geral e para os parceiros da LumenRadio, os quais aplaudiram também a capacidade do sistema CRMX Unity de aumentar agora o suporte de comunicação da aplicação a sistemas com redes com e sem fios.

www.lumenradio.com

João Martins

Pra cima, com raiva


..Pois é, acabou na segunda a ocupação dos estudantes na reitoria da USP com direito a algumas centenas de soldados da tropa de choque da PM fortemente armados (e sem identificação). Nesses novos tempos bicudos, no qual até um ex-presidente diagnosticado com câncer é alvo de desejos de morte e “campanhas” idiotas para vê-lo se tratar no SUS, esses estudantes foram xingados de tudo quanto é nome pelos comentaristas anônimos e raivosos de plantão.

Filhinhos de papai, playboys, vagabundos, baderneiros, maconheiros e o diabo a quatro. E quando um deles foi fotografado com um casaco da GAP então? Até um pessoal mais esclarecidinho saiu jogando pedra. Ninguém pensou que um mero casaco não tem relação alguma com o que está sendo questionado? Em tempos assim, pensar realmente é exigir demais.

Quase toda minha vida escolar passou pelos corredores de escolas públicas e foi assim que entrei na USP, em 1994, no curso de Ciências Sociais. Lembro que boa parte de meus contemporâneos era parecida comigo: ou vinham de escolas públicas ou de outras cidades, ou os dois.

Sempre fui avesso a políticas estudantis. Sentia uma preguiça gigantesca dos papos furados politizados e vazios de sempre, da distância entre as necessidades e problemas diários da universidade e as bandeiras levantadas (abaixo o imperialismo? Por favor). O mais próximo que cheguei do Centro Acadêmico foi na participação de um divertido e farsesco roubo da urna de uma das votações: a ideia porra louca era criticar a ausência de representatividade do processo (íamos fazer um vídeo com a urna amarrada numa cama pedindo que nossas exigências fossem atendidas. Detalhe: não tínhamos exigências). Como era de se esperar deu o maior chabu. Foi sensacional. Era um jeito diferente de fazer política.





Então me formei e de vez em quando ficava sabendo de alguma coisa na faculdade. Tudo meio parado, ninguém se mexia pra nada. Anos e anos de reitores capatazes de um governo do estado sem interesse por educação resultam nisso mesmo: apatia (estou falando aqui de São Paulo, mas essa história se repete de outras formas em outros estados).

Quando aconteceu esse recente confronto entre a Polícia Militar e os estudantes achei interessante. Primeiro porque acho que passou da hora de receber paulada de policiais numa boa. Porque só eles podem bater? Segundo porque foi um sinal de movimentação e raiva, e isso é bom, é transformador.

Bem, a questão do policiamento no campus deveria ser pensada pelo estado em conjunto com estudantes, professores e funcionários. Mas é pedir muito de um reitor autoritário, e com uma extensa folha corrida de barbaridades, como João Grandino Rodas (saiba mais sobre o figura aqui). No entanto, não dá para ficar do lado dos estudantes que desejam a total exclusão de policiamento. O campus é público, faz parte da cidade. Agora, o que não pode é a polícia fazer o maior fuzuê por causa de três usuários de maconha e seguir completamente ausente para os casos de estupros, roubos e assassinatos nesse mesmo campus.

Nessas horas é preciso ser inteligente e não cair em armadilhas como a ocupação besta da reitoria. Claro que a Justiça iria pedir “reintegração de posse” e que junto disso viriam os policiais e a imprensa sedenta por imagens de impacto desses baderneiros “recebendo o que merecem”. Prato feito para deixar parte da opinião pública de olhos e ouvidos fechados para qualquer discussão. É necessário pensar uma outra forma de confrontar politicamente o sistema e acredito que o Wikileaks, a Primavera Árabe e os movimentos decorrentes do Occupy Wall Street possam nos dar pistas do que fazer no futuro (vale ler o discurso do filósofo Slavoj Zizek, “A tinta vermelha”, feito um mês atrás em Nova York).

Porque você aí ignorante que defende que a polícia bata em estudantes, você pode muito bem ser o próximo. Afinal, a mal treinada e gloriosa Polícia Militar do Estado de São Paulo bate em professores, estudantes, grevistas das mais diversas profissões, e dispersa manifestações pacíficas com bombas e balas de borrachas. Não é esse mundo que eu quero. Não mesmo.




p.s.: aproveito para recomendar outros textos escritos recentemente no calor do momento. São eles “Geração mascarada”, de Marcelo Rubens Paiva, “O choque na USP e a militarização de São Paulo”, de André Forastieri, e “A cortina de fumaça da segurança na USP”, de Pablo Ortellado.

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